Nem todo mundo que amamenta precisa ter passado pela gestação.
Qualquer pessoa não-gestante que tenha glândulas mamárias também pode ser estimulada para produzir leite humano.
Os protocolos de estímulo para a lactação foram inicialmente criados para que mães adotivas também pudessem vivenciar a amamentação. 🤱
Hoje as mesmas técnicas podem ser usadas por famílias homoafetivas que desejam dividir essa experiência e por homens trans que desejam amamentar sem ter gestado.
Se você não é essa pessoa, essa questão não é sua. Não serão tolerados comentários transfóbicos ou homofóbicos, ok?

Para amamentar por indução é preciso passar por alguns meses de uma terapia medicamentosa que simula os processos hormonais que ocorrem no corpo durante a gestação.
Cerca de um mês antes do início da amamentação começamos com estímulo físico através de ordenha (que deve ser feita preferencialmente com a ajuda de uma bomba elétrica dupla).
Esse processo estimula o aumento da produção de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite.
O cenário ideal são estímulos que duram 20 minutos a cada 3h durante o dia e ao menos uma vez durante a madrugada, exatamente para que o bebê encontre as condições necessárias para mamar quando nascer.
Sobre a qualidade do leite produzido, a única diferença para o leite de uma pessoa que gestou é que, na amamentação por indução, o leite não passa pela fase de colostro e já equivale ao leite maduro, que é produzido após a apojadura/descida do leite.
Embora o colostro seja um leite bastante importante nutricionalmente, não há prejuízos para o bebê em receber o leite maduro – inclusive isso acontece quando o bebê recebe a doação de um banco de leite humano.
Toda pessoa pode se tornar lactante, se assim quiser – basta procurar uma consultoria de amamentação que tenha experiência na indução da lactação em pessoas não-gestantes. 🧡
Conhece alguém que precisa saber disso? Manda pra ela!
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Créditos da imagem
Foto: Lacey Barrat
Fonte: razoesparaacreditar.com/casal-lesbico-reveza-na-amamentacao